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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A bolha oculta

do petróleo

Coluna Econômica - 02/12/2009

Ainda está para ser contada toda a história da máquina especulativa que implodiu no ano passado, levando de roldão o sistema financeiro norte-americano, mergulhando a economia mundial em recessão e marcando oficialmente o fim da hegemonia econômica norte-americana.

Embora o mundo já caminhasse para a multipolaridade – EUA, Ásia e Europa – a crise amplicou a percepção da perda de influência relativa dos Estados Unidos. Principalmente, marcou o fim do predomínio absoluto de Wall Street sobre as finanças mundiais.

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Muito se falou da especulação montada em torno do subprime – os créditos hipotecários de alto risco. Pouco se falou sobre o movimento especulativo em torno do maior dos mercados, o petrolífero.

A crise de Dubai talvez levante um pouco o véu de mistério que recobre essa área – onde os valores negociados ascendem a trilhões de dólares.

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Há suspeitas de que, em torno de novas empresas petrolíferas que surgiram no Oriente Médio – basicamente nos emirados – tenha havido um jogo envolvendo grandes petolíferas e grandes bancos de investimento visando fazer explodir as cotações de petróleo.

O jogo mais pesado era no mercado futuro. Só que a tendência do mercado futuro dependia das cotações no mercado spot (à vista). Há suspeitas de que tenha ocorrido uma operação que, no crack do mercado acionário brasileiro, em 1989, era chamada de “zé com zé”.

A empresa A vendia petróleo para a empresa B por determinada cotação. Em seguida a empresa B vendia para a C por um preço maior. Manipulada a tendência de alta, os especuladores corriam no mercado futuro e tornavam a tendência de alta mais aguda.

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A principal suspeita sobre o coordenador desse jogo recai sobre o Goldman Sachs, uma das instituições símbolo desse período de esbórnia.

E aí entra um dado relevante, que foi o papel exercido pelo Departamento de Economia do banco, em um jogo de manipulação que só tem precedentes na fase que antecedeu o estouro da Nasdaq.

Em julho, as cotações do petróleo spot já batiam em 140 dólares.

Nesse jogo, o primeiro passo é a criação de um “guru”. Foi o que a mídia norte-americana fez com Arjun N. Murti, 39 anos, especialista da Goldman para assuntos de energia. Apresentado como infalível, o inefável Murti previu que em breve bateria nos 200 dólares nos dois anos seguintes.

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Murti tinha um histórico de acerto. Em 2005, com o barril a 40 dólares, previu um ciclo de alta que elevaria a cotação para 105 dólares. Não tomava por base os fundamentos da economia mundial mas, provavelmente, o efeito combinado do jogo especulativo com as previsões dos “gurus”.

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A crise derrubou todas as previsões amalucadas e criou um rombo – que até agora só apareceu nessa crise de Dubai. É impossível em um mercado altamente especulativo e violentamente alavancado, como o do petróleo, que as cotações pulassem de 40 para 150 dólares e voltassem para patamares de 50, 60 dólares sem provocar rombos profundos nos jogadores.

Ainda não se sabe a extensão do rombo. Em breve se saberá.

PIB da França cairá menos que da Europa

"A França terá a recessão mais baixa dos países europeus", afirmou seu presidente, Nicolas Sarkozy. Para ele, a economia do país vai desacelerar entre 2,1% e 2% - estimativas preliminares traziam queda de 2,25%. De acordo com a União Europeia (UE), Alemanha, Itália e Reino Unido terminarão o ano com recessão acima de 4%, enquanto a Zona do Euro terá uma retração de 4%.

Europa se prepara para meta de déficit

Os países da Zona do Euro começam a se preparar para suspender os estímulos fiscais – cuja data limite é 2015. Mercados como Alemanha, França, Espanha, Áustria, Países Baixos, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia e Portugal têm até 2013 para ajustar seus déficits abaixo do limite de 3%. Já a França diz que trabalha com o ano de 2014 para a redução do seu déficit, mas que pode aceitar a meta de 2013 caso as condições econômicas assim o permitam.

O novo pacote japonês


Pressionado pela deflação e a alta do iene, o governo japonês vai injetar 10 trilhões de ienes nas instituições financeiras por meio da compra de ativos, como forma de estimular a economia. O país encontra-se em recuperação, mas admite que "os recentes acontecimentos financeiros internacionais e a instabilidade no mercado de divisas podem criar problemas para a atividade econômica". Este é o segundo plano de estímulo do Japão neste exercício fiscal.

Rússia estuda taxar capital especulativo


A Rússia estuda medidas de controle de fluxo de capital caso os capitais especulativos externos provoquem desequilíbrio na economia. "Pode acontecer (...) se a situação se tornar alarmante. Por enquanto, estamos estudando a situação", disse o vice-presidente do banco central russo, Alexei Ulyukayev. O presidente Dmitri Medvedev declarou anteriormente que a Rússia deve modernizar sua economia, e que não se pode depender "das oscilações e caprichos da conjuntura mundial".

Brasil se aproxima da África

O ministro das relações exteriores, Celso Amorim, declarou que o Brasil vê mais chances de avanço nas negociações sobre cortes de subsídios comerciais com países africanos do que com as economias ricas. Amorim espera assinar acordos com mais 18 países do Hemisfério Sul para o corte de tarifas em até 20%. Antes, anunciou que o Egito fechou um acordo com o Mercosul, e lançou a ideia conjunta de um bloco político e comercial do Hemisfério Sul, com Índia e África Austral (região centro-sul).

Austrália sobe juros de novo

A Austrália subiu sua taxa básica de juros pela terceira vez consecutiva. No último ajuste, o banco central elevou a taxa em 25 pontos base, para 3,75% ao ano. Novos aumentos podem vir em fevereiro e março, acreditam os economistas –não haverá reuniões do BC em janeiro. A Austrália foi um dos primeiros países a sair da crise, no início do segundo semestre. A intensidade da recuperação econômica fez com que o BC local adotasse medidas para refrear o consumo e segurar a inflação.

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