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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Corte de gastos gera protestos na Europa

Crise: Ajuste fiscal causa onda de greves e manifestações; elevação da idade de aposentadoria é um dos alvos

Corte de gastos gera protestos na Europa

    Victor Mallet, Kontogiannis Dimitris e Peter Wise, Financial Times, de Madri, Atenas e Lisboa
    24/02/2010
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AP
Foto Destaque
Espanhóis protestam contra plano do governo socialista de elevar a idade de aposentadoria no país, como parte de um pacote de ajuste das finanças públicas

Cortes emergenciais de gastos pelos governos de países do sul da Europa, com o objetivo de reduzir os déficits orçamentários e restaurar sua credibilidade nos mercados internacionais de dívida, estão despertando a ira de sindicatos de Portugal à Grécia.

A Grécia estava ontem à noite se preparando para as consequências de uma greve geral de 24 horas que deverá paralisar hoje grande parte do país. Sindicatos dos setores privado e público protestarão contra as medidas governamentais de austeridade econômica e as exigências da União Europeia de rigor ainda maior.

Líderes sindicais disseram que esperam um nível de adesão elevado à greve e que isso deve enviar um forte sinal de que o aperto de cintos atingiu seus limites.

"Exigimos do governo e de Bruxelas [sede da UE] que as pessoas e suas necessidades sejam colocadas acima dos mercados e dos lucros", afirmou Stathis Anestis, membro do comitê executivo da GSEE, confederação que reúne sindicatos de trabalhadores do setor privado.

A greve coincide com uma visita a Atenas, iniciada ontem, de técnicos da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para avaliar o progresso da Grécia na restauração da ordem em suas finanças públicas.

Conflitos similares - que colocam em campos opostos as exigências dos credores internacionais e as demandas dos representantes dos trabalhadores - estão irrompendo em outros países da zona euro.

Na Espanha, o presidente do banco central, Miguel Angel Fernández Ordóñez, defendeu ontem um "plano ambicioso" para reduzir o déficit do setor público, que chegou a 11,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado.

Horas antes do momento em que os sindicatos espanhóis iniciariam uma marcha de protesto, na noite passada - contra as propostas do governo de aumentar a idade de aposentadoria de 65 para 67 anos, para garantir a viabilidade de longo prazo do sistema de aposentadoria -, Ordóñez reiterou ainda seu apelo a uma reforma generalizada no rígido mercado de trabalho espanhol.

Sem tais reformas trabalhistas, disse o presidente do BC espanhol, o crescimento econômico será baixo e ficará difícil alcançar os objetivos definidos no plano de estabilidade do governo, que prevê um corte de gastos de € 50 bilhões (US$ 67,5 bilhões) ao longo de quatro anos e visa reduzir o déficit para 3% do PIB em 2013.

Economistas independentes lançaram dúvidas sobre os planos da Espanha, criticando as previsões de crescimento econômico como excessivamente otimistas, mas Madri apresentou o pacote a Bruxelas e espera um veredicto para o mês seguinte.

Em Portugal, os trabalhadores do setor público convocaram um dia de greve nacional para 4 de março, em protesto contra o congelamento dos salários imposto como parte do plano do governo socialista de redução do déficit orçamentário em 1 ponto percentual, neste ano, para 8,3% do PIB.

Os protestos de trabalhadores foram relativamente pouco agressivos no ano passado, pois a inflação baixa ajudou a aumentar o valor de um aumento salarial moderado no setor público. Mas o clima nos sindicatos azedou, em meio ao temor de que o congelamento dos salários será estendido para além de 2010, pois o governo tem dificuldades para cumprir um compromisso de reduzir o déficit para 3% do PIB até 2013.

O primeiro-ministro, José Sócrates, disse na segunda-feira que o plano de crescimento e estabilidade de médio prazo que Portugal apresentará em breve à Comissão Europeia deverá incluir medidas "audaciosas e decisivas" para a consolidação da dívida.

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